Honestamente, eu só quero te dizer...

Quando os dias passam mais rápido, quando você se perde no calendário pelo simples fato de tudo tá corrido, e mesmo assim, você sente como se nunca tivesse aproveitado tanto o dom da vida...
Assim tem sido meus últimos 3 meses, meses de “bicthiagem” não nego, meses que me assustam quando paro e olho tudo que fiz... sinto-me em um seriado americano, as vezes chego até a procurar as câmeras, pois são imagens de roteiros que tem se concretizado. Brinco com os amigos que o que temos feito, iremos contar aos nossos filhos...
Mas enfim, o importante de contar isso aqui é por uma simples razão: AMIGOS. Hoje posso dizer que sou cercada de pessoas, que tenho uma lista grande de pessoas que considero muito, só que não é disso que estou falando, estou falando daquelas pessoas que por alguma razão louca entraram na sua vida e derrepente você não se diverte se aquele alguém estiver faltando, ou sempre que se diverte, lembra deste... aqueles que se você estiver mal, liga para eles, se estiver feliz, liga para eles, se quiser ir ao reviver beber, liga para eles, se quiser tomar um sorvete de ameba, chama eles também... aqueles que estão presentes, sempre... São esses que quero falar...

Hoje irei me referir diretamente à Thybério, Renatinha, Yuri, Paolla, Mariane, Pedro, Josh, Nicholas, Érika e Hugo (não que os outros não tenham importância, muito pelo contrário, são pessoas que também amo muito, mas estes são meus confidentes e são pessoas das quais necessito falar), as pessoas que me manterão em pé.... caso eu desista um dia, as pessoas que mesmo divergindo de meus ideais... não deixam de me apoiar, as pessoas que se eu chorar...estarão ali para consolar, as pessoas que se eu sorrir... foi por causa de uma delas...
A grande maioria eu conheço por causa da Corte, que me definitivamente, foi um dos momentos mais importantes da minha vida, outros são de datas mais longínquas e até hoje são de extrema importância para o meu sorriso...
Sinto-me muito à vontade com eles, como alguém permissível de errar, coisa que ultimamente não me sinto em qualquer lugar.... mas com eles, posso ser eu mesma, posso errar no meu discurso, posso me contradizer nos meus planos, posso até falar o que não devia, mas eles me darão o tapa quando necessário e também farão carinho para a dor passar....
Eu temo que o tempo mude quem hoje somos, mude o que hoje sonhamos... temo que um dia caíamos naquela conversa de MSN:

Amigo do passado diz:
Oi, tdo bem?

Tixa diz:
Oi, tdo, e com vc?

Amigo do passado diz:
Tbm. E aí, quais as novas?

Tixa diz:
Nenhuma, e vc?

Amigo do passado diz:
Nenhuma tbm...

E horas depois a janelinha de pixels levanta e avisa que o Amigo do passado foi embora... Isso para mim seria trágico caso ocorresse com um de vocês, quero que vocês sejam aquelas pessoas que eu não converso no MSN por ser pouco demais para nós, porque ele não é suficiente para contar em detalhes a merda que fiz nessa semana...
Quero vocês nos meus cargos de confiança, quando for presidente, pois não há mais ninguém no mundo que possa confiar mais que vocês (exceto Renata e Thyba que me farão ter um infarto um mês depois de assumir.... e Paolla será o ponto de equilíbrio, a direita que posso “pensar em” considerar uahsuahushuahsu).
Quero poder um dia subir ao altar e ver vocês todos lá, abençoando minha decisão (só não sei se Caio irá gostar.... ausauhsuahsuha).
Quero poder na festa de família, ter vocês presente, pois são parte essencial dela.
Enfim, quero vocês para sempre em minha vida, sei que me agüentar não é algo fácil, mas vocês me fazem ser feliz, isso é o suficiente... Amo muito todos vocês, amo tudo que vivemos, amo nossas merdas (tá eu amo todo mundo quando tô bêbada, mas vocês permanecem quando estou sóbria).
Que em dezembro de 2009, vocês possam voltar à estas linhas, pois elas exprimem as da minha vida.... permaneçam rosas do meu jardim...

We’ll be friends for a long, long time.

“E chegará o dia em que teremos que decidir entre o que é fácil e o que é certo...”
Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore


Estou retornando aquele caminho que fingia não ter desviado....

E o mundo continua girando.... e ainda estou do seu lado...

Mas o sol, a areia e o mar me atraem de uma forma singular, de um jeito que não sei explicar... só quero estar lá.

Você não me acompanha, não me tira dos meus pesadelos, mas embala os mais belos sonhos que já puder sonhar... ainda estou do seu lado...

Certas brincadeiras têm me feito rir, certos momentos têm me feito chorar.... certas horas só não quero ficar ao teu lado, em outras só preciso de teu olhar.

Entender o que sinto não costuma ser uma das coisas que faço, prefiro que as respostas se desenhem sem eu nem ao menos perceber... mas dessa vez têm sido diferente, dessa vez tem cortado um pouco mais fundo. Não consigo simplesmente esperar, preciso entender, mas pode ser que isso te machuque, pode ser que me machuque... pode até nos matar.... e para isso eu não estou preparada.

Não tente me fazer rir, não tente me mostrar o céu... eu só o consigo ver quando olho para cima... e agora minha vista está embaçada.

Ainda estou ao teu lado, mas não olho para o teu rosto. Sinto ele perto, mas não preciso de teus olhos agora... mas preciso de você do meu lado... só para que eu saiba que o céu tá ali... mesmo que eu não queira ver, mesmo que ele não esteja azul e limpo... mas se tiver ao teu lado, sei que ele está ali....

Não temos o mesmo caminho, mas seguimos juntos e assim vai continuar, quando voltar a sentir o vento e olhar o céu, saberei onde estão teus olhos...

O que é uma vida perfeita?? Quem somos nós nesse jogo de sorte e azar que é a nossa vida??
Não percebi que “utopiava” tanto sobre nós até passear por meus cenários, fossem eles já decaídos ou até mesmo em construção. Como agi ingenuamente querendo um futuro perfeito? Sem nem ao menos saber onde cabe essa tal perfeição em nós... seres tão imperfeitos nessa coisa chamada amor.
Comecei a ver os castelos que por muitas vezes foram levantados e ao mesmo tempo destruídos... destruídos pela ação do tempo, pelas incongruências, pelo bombardeio da constante guerra. Lamentei por eles... eram lindos.
Continuei a andar.. vi nosso jardim ainda florido, perguntei-me quem ainda o rega? quem ainda se dedica a ele?
Passos a frente notei uma cabana flutuando em um rio tenebroso, corri, pois aquilo me fez temer.
Olhei também, a casa que construí sozinha, ela é ajeitadinha, nenhuma mansão, mas bela aos meus olhos e aos meus anseios. A tua também estava por lá, diferente da minha, mas tão encantadora quanto.
Sem perceber, me vi caminhando por um local sem nenhuma construção, algumas árvores, umas com frutos outras não. Sentei-me ali e comecei a pensar nos cenários que passei, me dei conta que todos que construímos juntos não permaneceram em pé... ao passo que tudo que foi feito só, estava agradável aos nossos desejos isolados... chorei ao entender...
Voltando a caminhar vi as paisagens pré-formadas... eram indecifráveis... Mas animadoras... De longe vi você chegando, corri para teus braços – como me sinto bem neles. Ficamos um tempo em silencio... sabíamos o que cada um tinha visto... mas ficar juntos davam um conforto tão grande...
Depois de um tempo a única coisa que consegui perguntar foi: - Você tem regado o jardim?? E ele respondeu que não...
Quando o sol se pôs fomos para nossas casas. Palavras não precisavam ser ditas...
Dias passaram, ventos foram e voltaram e não mais construímos nada juntos...
Até que um dia, sem perceber passei novamente pelo Jardim... ele estava feio, sem vida, nada nascia. Eu fiquei realmente sem entender... como ele sobreviveu tanto tempo sem ser regado, e agora resolveu morrer??? Resolvi cuidar dele, talvez não tivesse completamente morto...
Com o passar dos dias algumas pequenas flores voltaram a nascer, a grama cresceu e você reapareceu, trazia um regador na mão. Sorrimos e continuamos a cuidar do jardim. Sem perceber já estávamos cuidando da mesma flor... ela estava tão linda... já estavam em teus braços novamente... e me sentia feliz, completamente feliz....
Nesse dia entendi que temos uma vida diferente, caminhos opostos, sonhos distintos... mas tudo que precisávamos cultivar juntos era o nosso amor...

Essas palavras justificaram um passado, hoje recompensam o mesmo apresentando um futuro....
A desordem invadiu, deixou confusão e escuridão... com o tempo, o desejo ficou recolhido e não percebeu que deixou de ser o que era, não notou que tudo estava fora de seu lugar.
Tudo lá fora era mais bonito, mais feliz... E então o fora vira dentro.
Mas a falta mostra que ela pode fazer mais falta, então sente-se saudades...
Mais uma vez o desejo desordena e renova um velho, porém sincero, olhar. Decepando convicções, desarmando as certezas, implantando mais falta....
Noto que já não mais estou em casa, me recolho... mas ainda sinto falta....
Descubro que a velha desordem apenas queria mudar, mais percebi que temia chorar... mas ainda queria ama-lo...
A vida lá fora me chama.... alto e desesperadamente... confundo tudo e me engano, a verdade é que você já é minha vida...
Olho para o horizonte, mas se você não estiver do meu lado não fará sentindo....
Corri atrás de concertar um erro... solucionei meu pecado, ganhei um beijo....

Conheci uma rosa nova, ela é vermelha como as outras, tem o mesmo aroma que outras, mas ela é especial, ela não é apenas uma rosa, ela é praticamente meu novo jardim.

Ela não sabe o quão especial é para mim, nem imagina que ao balançar, exala um perfume sem igual... Ela não sabe que penso nela todo dia antes de dormir e acordo com suas pétalas em meus pensamentos... Ela não sabe que me faz suspirar, ela não sabe o quanto é bela, ela não sabe que a quero...

Todos os dias passo por ela com intuito dela me notar, todos os dias falo com ela, com a intenção dela me amar... Todos os dias a quero para mim....

Ontem quase a toquei, mas temi, quando vi seus espinhos... temi mais por me machucar do que pensar que ela poderia querer me ferir... Ela não percebeu que evitei toca-la, ela não percebeu que evitei olha-la....ela não percebeu meu ciúme dos cravos....

Ela nem sempre foi importante, mas ela sempre chamou atenção, agora ela faz diferença. Gosto quando estou perto dela e sei que ela também gosta que fique por lá...

Sem menos perceber deixei que a rosa me encantasse, deixei que ela me hipnotizasse, deixei que ela se fizesse tão presente que não consigo não pensar nela...

Não quero ter medo, não quero me distanciar, mas seus espinhos me fazem chorar....não quero perder tão linda visão da rosa que me chama atenção ....

Sem ela saber, admiro-a como o pai admira seu filo, olho-a com olhar de criança que quer doce, quero toca-la como beijo meus amores..... quero minha rosa....

Maldição passada pela Kaluh
• Escolher uma banda/artista.
• Responder SOMENTE com TÍTULOS de suas canções (da banda escolhida anteriormente).
• Escolher 4 pessoas para que façam o teste, sem esquecer de avisá-los.

e minha banda escolhida foi Los Hermanos!


1. Você é homem ou mulher?
A flor

2. Descreva-se:
Casa pré-fabricada

3. O que as pessoas acham de você?
Quem Sabe

4. Como descreveria seu último relacionamento amoroso?
O ultimo romance

5. Sua atual relação com seu namorado ou pretendente:
Tá Bom

6. Onde queria estar agora?
Primavera

7. O que pensa a respeito do amor?
Sentimental

8. Como é sua vida?
Além do que se vê

9. O que pediria se pudesse ter apenas um desejo?
Outro alguém

10. Escreva uma frase sábia:
Todo carnaval tem seu fim


quem deve fazer: Rafa, Diego, Dedo e Paolla

O presente passa rápido e deixa uma saudade do passado... Mas não é porque temos boas lembranças que queremos viver em um passado que talvez nem lembremos mais...

Ainda sinto o gosto do chocolate daquela manhã, ainda vejo a tua imagem em tudo que deixaste, o silêncio deixa um vazio e por vezes chega a pesar, mas não é por isso que deixo de me sentir bem, que deixo de me sentir livre.

Não posso dizer que já sei dividir o que eu era, o que eu queria ser e o que sou. Entretanto, não tem sido dolorido descobrir coisas que nem lembrava mais, coisas que, por alguma razão infundável, deixei para trás.

Olhei meu antigo armário, onde ainda estava o antigo eu, que me deixou sem que eu permitisse, mas que pretende voltar aos mais felizes dias... Encontrei um sorriso inocente, um discurso utópico, um filme que nunca vi, mas me deixou muito feliz, uma foto sua de um momento longínquo o qual fez meu rosto corar, porém parecia uma realidade não mais vivida por séculos....

Que saudades de corar ao te ver, que saudades de gaguejar ao falar, que saudades de ouvir meu coração bater... tantos anos atrás que nem lembro mais...

Sorri ao sentir aquela febre de paixão, quanto tempo faz que a deixei pra trás? Quanto tempo faz que deixei de sonhar com minhas quimeras? Irei recordá-las...

Ouça: little ny little do oasis!

Não sabendo como por isso em palavras, terei de apelar, pois é necessário um desabafo.

Agir impulsivamente quase nunca trará resultados, mas as vezes ela é a única forma que tenho de conseguir cumprir o que tenho de fazer. Ainda posso não tá firme, ao dizer: sim, tomei a decisão correta. Provavelmente não estarei daqui a um mês ou mais...

Só que a verdade, é que não podia mais fingir que tava feliz (apesar de que estava mais do que estou). Não podia machucar quem tanto me fazia feliz (não consigo explicar o paradoxo é). Mas tinha/tenho medo de perder a única certeza de felicidade que havia em meus olhos...

Não poderei expressar como estou me sentindo...mas sei que não caminharei em terreno firme tão cedo...

Quando as coisas parecem estar fora do lugar é que me sinto em casa, quando me descubro viva e não participante de um sonho distante.

Para isso não preciso desmerecer o que ainda somos, apenas descubro um novo mundo.

Recolho-me para tentar, não me denunciar, mas ainda tenho os meus olhos para me traírem e revelar a falta que me faz sentir sua falta. Que me sinto mais feliz quando não mais estou no teu mundo, nos teus braços...

Ainda não irei me entregar, mas já preciso respirar....

P.S: isso é uma interpretação, para meus sentimentos, da música A Falta que a Falta Faz, de Jay Vaquer. Que por sinal, dá nome a este blog. Ouça, ela é muito boa!

Penso muito em nós, em como seguimos nossos caminhos e simplesmente não levamos em consideração que dependemos um do outro mais do que um de si mesmo.

Aprendemos a lidar com situações corriqueiras e nem por uma vez pensamos em que esses momentos seriam até mais prazerosos se estivéssemos por completo, que só ocorre quando estamos juntos. Mas algo nos desvia a atenção tão rapidamente que logo esquecemos de uma metade nossa.

Ainda nem sei quem sou, talvez nunca descubra, mas a forte sensação de que não conseguirei seguir em frente, caso não esteja do meu lado, é cada vez mais real.

Deixamos-nos depender um do outro, deixamos-nos amar, deixamos-nos viciar no gás carbônico expelido pelo outro.

Mas nem assim, aprendemos que para viver é necessário crescer... Este momento ainda não chegou, porém ele tá muito próximo...e já sofro com a falta que me farás...

É dolorido descobrir que nos amamos, mas não somos mais o mesmos, que avançamos uma longa caminhada, porém não amadurecemos nossos sonhos, nem sequer o planejamos... talvez nem mesmo os sonhamos...

Permitimos que as atitudes individuais no mundo exterior determinassem as trilhas de nossos caminhos e por vezes, até mesmo, achamos isso normal. Esquecendo-nos que quando se trata de nós dois, simplesmente não fazemos parte do contexto do mundo.

Infelizmente isso já se apoderou dos mais profundos dos meus sentimentos, sendo que estão longe de aflorarem nos teus...

Ainda preciso de ti, mas pelo simples prazer de cultivar um vício que me traz paz, mas já sei o destino de nosso abandonado amor.....

P,s: ouça Los Hermanos, para trilha desse texto a segunda parte de Do Sétimo Andar, cabe perfeito (ao menos para mim que fiz ao som de tal, mas ouça toda discografia, ganhará muito com isso).

Anos atrás eu tinha um jardim, um lindo jardim que ficava na parte dos fundos de minha casa. Amava-o tanto, fazia de tudo para mantê-lo como a coisa mais linda que já havia visto. Dedicava maior parte do meu tempo a ele e fazia tudo com muito carinho e amor, sempre feliz por estar mantendo vivo uma das mais belas coisas da terra.

Certo dia eu acordei e estava chovendo, minha cama estava tão quentinha, tão gostosa que não quis sair dali...A chuva continuou e engrossou...trovoadas e muito aguaceiro...

Quando enfim a chuva parou, e eu tive coragem de levantar da cama, fui ver meu belo jardim. Ele estava uma bagunça...sujo, com as flores arrancadas, muita lama...enfim estava muito feio... Mas naquele momento não fui cuidar dele, fui fazer outras coisas.

Passei semanas passando por aquele jardim e sem me preocupar em por novamente o meu amor nele. Passados mais alguns dias, eu praticamente esqueci da existência dele.

Sempre muito apressada com a minha vida deixei ele abandonado.

A frente da minha casa era muito bonita, bem moderna e encantadora aos olhos de todos, mas somente eu via o sujo jardim. Ninguém mais ia tão a fundo da minha casa, pois não deixava. Ninguém tinha que ver o que antes era o orgulho de minha vida. Muitas vezes eu era elogiada por ter uma casa tão bela e ficava iludida com tais, mas evitava olhar para os fundos. Algumas outras pessoas que me conheciam há mais tempo e assim conheciam bem minha casa, perguntavam por vezes daquele lindo jardim que eu cultivava com tanta devoção. Sempre dava um rodeio e despistava os questionamentos.

Conheci uma nova vida, pois aproveitava o tempo que outrora dedicava ao jardim com o mundo que eu estava conhecendo e me adaptando. Vivi muitas coisas, andei por muitos lugares...algumas vezes encontrei uns jardins....uns tão belos ou mais que o meu era, outros quase igual ao que ele estava da última vez que o vira (como será que ele estava?)...

Então, muito tempo depois eu comecei a me sentir triste...busquei muitas coisas que pudessem me alegrar. Ouvi músicas, sai com amigos, dancei, gritei... chorei. E nada mudou como eu estava me sentindo. Por vezes dava o efeito reverso, pois mais me deprimia.

Resolvi, então, parar para pensar no que realmente me trazia felicidade. Lembrei do jardim....

No mesmo dia fui nos fundos da casa sozinha e fiquei chocada com a imagem quem vi. O meu lindo jardim tava pior do que tudo. Havia muitos mosquitos, muito mato, muitas coisas que não faziam parte do cenário. Chorei...muito, pois não entendi como havia deixado a situação chegar aquele ponto?!

Mas enfim arregacei as mangas e voltei a me dedicar. Passei dias e noites, chuva e sol. Tentando recuperar aquele belo jardim. Algumas vezes dava vontade de deixar o jardim morrer mesmo, porque o matagal que se formou e os insetos que nasceram, pareciam não querer ir embora. Ainda bem que não desisti, contei para alguns amigos o que estava fazendo, eles vieram me ajudar. Ai comecei a perceber que o jardim tava voltando... o melhor de tudo foi quando ele começou a agir por conta própria e renovou-se também.

E enfim, hoje o meu jardim voltou a ser belo. Com muitas flores e muita vida. Quem passa por mim sempre pede para ver e o jardim e na maioria das vezes eu mesmo convido os outros para o conhecerem, ele é muito bem visto. Voltei a me apaixonar e amar o meu maravilhoso jardim...

Devo ta parecendo uma louca, sentada aqui no chão, a olhar para a cama desarrumada.... Mas ainda não consegui aceitar o fato de você se foi, de uma vez por todas, da minha vida...

Há tão poucos segundos eu podia sorrir, porque tinha você, porque tinha o teu cheiro em meus lençóis, porque você estava aqui...

Mas ai, sem explicar, me deixa a chorar olhando para a colcha da cama....

Uma vez me ensinou que eu não devia me ater ao passado, mas como tantas outras coisas que você me ensinou, não aprendi isso também. E me arrependo de não ter aprendido mais com de você. De não ter aprendido a voltar a viver sem ti, de não ter aprendido a te deixar partir...

Queria poder te olhar mais uma vez e dizer que entre tantas lembranças, a que mais me dói agora, é a de você sorrindo ao me ver arrumar a cama sempre do mesmo jeito. Se adiantasse rasgar estes lençóis... você não vai voltar...

Por que teve que me deixar?? Não era hora de você ir, não era tempo de me deixar viver sem você...

Talvez eu devesse tocar fogo em tudo que me deste...e principalmente nessa cama onde tantas vezes te vi acordar a sorrir para mim... mas seria quase como te perder de novo. Não sei se iria suportar...

Por que eu to falando como se estivesse ao meu lado?por que eu não aceito o fato de que você simplesmente me deixou??

Lembra quando comíamos pipoca vendo um filme nesta, agora, tenebrosa cama?Lembra que você sempre estragava o final do filme com uma piada ridícula? Sentirei falta delas também...

Não deveria ter deixado você ir... E não venha me dizer que não havia mais jeito, eu sei que havia... um último suspiro talvez...

Não terei mais recadinhos em baixo do travesseiro nas manhãs de domingo me dizendo que me ama. Não mais me ligará ao sábado para dizer que não iremos sair porque marcou uma “pelada” com seus amigos... Não mais me fará chora por não ter lembrado de um dia importante, reparado no meu vestido novo ou simplesmente não ter dito que me ama... queria tá chorando por essas razões agora...pois ao menos eu ainda poderia te perdoar e mais uma vez sorrir sobre nossa cama...

Estas lágrimas que agora derramo enrolada em nossos cobertores nunca cessarão... talvez não apareçam tanto, pois como tu sempre dizes: sou fria. Era tu quem me aquecias....

Deixarei as rosas aqui, em cima da cama, pois prefiro te ver aqui em meus reflexos de memória, do que no túmulo que meros humanos construíram pra teu repouso... as rosas ficaram aqui, onde realmente lembro de ti...

Hoje pela manhã eu resolvi arrumar meu quarto, limpar, organizar e tudo mais que fazemos quando resolvemos “dar uma geral” daquelas que a mãe tá gritando a dias que vai nos obrigar a fazer. Na segunda irei para universidade, queria dar uma nova aparência nele, já que considero ele uma personalidade minha. Queria tirar a “cara colegial” dele.

Comecei pela organização, tinhas uns livros ali, outros pertos do all star, umas meias junto dos ursos outras na antena da tevê e uma, pasme, junto do meu caderno (como isso parou ali?). Consegui da uma cara de “quarto”.

Ai veio a parte que mais odeio, limpar... Achei tanto papelzinho velho, uns brincos quebrados, outros sem par, mais meias (eu tenho tanta meia assim??),canetas quebradas e por fim umas anotações do primeiro ano do ensino médio (quem vê até pensa que sou estudiosa...), comecei a ler uns meio q só p saber o que tinham. Descobri que eu realmente prestava muita atenção, pois as anotações eram sobre a calça ridícula do professor de matemática, da falta de noção da menina da frente que usava uma trança muito mal feita, umas conversas com Yuri, uns bonequinhos sem noção feitos tipo caricatura da galera e alguma coisa maluca de um professor que teimava em dizer que os elementos tinham família. No cantinho da folha tinha um coração e duas iniciais que participam da minha vida até hoje (R & C), nossa, quanto tempo....

Resolvi guardar tudo em uma caixa, para rever nos anos seguintes....

Comecei a por as coisas no seu devido local, achei uns cds velhos (sim, tinha backstreet boys) e mais meias (elas estão se multiplicando assexuadamente?). E tudo tava bem bonitinho, até parecia um “quarto de menina” (frase da mamãe).

A última coisa que fiz, foi mudar meu quadro de fotografias, tinham umas bem antigas, outras que já não faziam mais sentindo estar ali. Foi a parte mais difícil, não porque acho chato, mas simplesmente pelo fato de que mostrava uma mudança que iria ocorrer na minha vida. Amigos que com o tempo eu iria perder contato, momentos que daqui a uns meses seriam somente retratos de um passado, e o que mais me doeu, a assinatura de todos que eu via como amigos de verdade... Eu não queria me desfazer daquele quadro, mas precisava, tinha que dar espaço ao meu novo momento..

Resolvi parar pensar no meu futuro, coloquei Los Hermanos para ouvir, e sentei no tapete. Por um momento apenas vaguei nos últimos anos de minha vida, nos três últimos para ser mais direta. Lembrei quando cheguei atrasada no primeiro dia – tendo que dar um caloroso (e sem vontade) “Bom Dia” para todos meus “colegas” (odeio essa palavras) – sentando lá no fundo... Conheci pessoas tão importantes para mim, sorri de momentos tão bestas e conheci meu Tixo.

Bateu uma aflição... e a galera da universidade? Como seria? Será que eram chatos? Porre? Extremamente chatos? Ou psicopatas colecionadores de meias...?? Queria minha velha turminha de volta... não queria ter que tirar aquelas fotos, não queria por outras de um povo que nem conheço e muito menos deixar que meus amigos sumissem da minha vida. Passei mais umas horas abraçada com uns presentinhos que ganhei nesses três anos e olhando para as fotos...

Quando recompus (na verdade o cd tinha acabado, teria de escolher outro), decidi por algo mais motivador a nova vida, como não achei nada do tipo, coloquei Los Hermanos de novo. Tirei cada foto com um imenso carinho, relembrando a situação de cada uma. Foi um momento tão único, que quero lembrar para sempre.

Joguei fora o lixo, guardei a caixa de bilhetinhos, coloquei em uma caixa os cadernos e os livros e mandei as meias para a lavanderia.

Agora espero a volta delas para poder preparar-me para enfrentar minha nova vida com velhas meias mutantes.

P.S: Não me dê meias de presente, provavelmente eu tenho o suficiente para ter uma velhice saudável de pés bem aquecidos...

Começar um Blog....
Bom já tenho um...mas ele é meio que secreto,
fiz este aqui apenas para postar uns textos e uns desvaneios que me surgem no meio da caminhada da vida. Espero que gostem dessa budega, puxem uma cadeira e sentem-se...