Honestamente, eu só quero te dizer...

Você só pode se decepcionar com alguém que você se importa...

Críticas são feitas pra você crescer e aprender, mas algumas, principalmente aquelas que são ditas com palavras ferinas por alguém que você ama muito, só te machucam.
Sempre disse a todos os meus amigos a verdade e tudo, mas sempre procurei conversar e não lançar palavras ofensivas. Claro que uma vez ou outra acabamos por pecar nisso também, é normal de todo ser humano, e eu, simplesmente ADORO mandar um deboche – apesar que, isso geralmente é no calor da briga, sempre uso o sarcasmo para dizer algo, e não em um momento de aconselhamento e tals, afinal também sou humana.
Mas o problema é quando alguém como pai, mãe, namorado ou amigo BEM próximo, todos os dias fala coisas assim pra você. Fica uma situação tão insuportável, que você nem mais entende como crítica e sim uma briga pura simples (ou seja, um momento de raiva injustificável).
Chega um momento que a situação fica tão insustentável que você busca desesperadamente uma saída para não ouvir mais esses acessos. E adivinha qual a saída mais utilizada... responder com outras palavras ferinas. E ai, você já viu neh?! Vira uma bola de neve, e o respeito mutuo acaba se perdendo. E uma ferida nasce sem que você perceba.
E, em um certo dia, você nem se lembra qual foi a atitude que desencadeou tal briga, só percebe que todas suas atitudes causam uma, e você acaba respondendo a altura com atitudes mais rebeldes ou palavras mais agressivas.
Sei que já passei da adolescência e já era para ter superando essas palavras, mas ouvi-las praticamente todos os dias, tem corroído meu amor por algumas pessoas. Talvez seja dura essa expressão que usei, mas é exatamente assim que me sinto... com dores tão profundas, que já nem lembro do amor que rendia a este alguém.
E isso, me machuca também...
Então, são duas coisas te machucando todos os dias, e sair desse espaço parece ser a melhor solução. E é isso que estou planejando fazer a partir de hoje, sei que penso nisso ha muito tempo, mas agora é uma meta. Tem que acontecer nesse ano de 2011. Ou a saída poderá ser muito mais drástica e talvez insuperável por toda a vida....
Lembro de uma música de Fagner que diz: “O amor deixa marcas, que não dar pra apagar...” espero que isso seja mesmo verdade...

Uma hora de nossas vidas, percebemos que deixamos de ser crianças, deixamos a nossa infância. Não to falando de deixar morrer aquela eterna criança que temos em nós, essa creio que nunca morrerá em mim. Mas chega uma época da vida, que você simplesmente percebe que tudo passou... simplesmente passou.
Comigo demorou pra isso acontecer, sempre fui tão criança.
O mundo de fadas e reinos sempre me encantou muito, sempre me atraiu de forma gigantesca, não acreditando na existência dele em si, mas a magia deles fazia meus olhos brilharem. E então, chegou ao fim dos meus 22 anos, e descubro que esse mundo ainda me fascina, mas não me prende mais.
Me fez pensar que cresci e não podia mais ir pra Neverland. E pensar em uma coisa “bem boa”, já não faz mais voar, porque hoje descobri que o simplesmente querer, não é poder. Cresci sem nem me dar conta...
Não estou dizendo que me arrependo ou coisa assim, não, acho que vivi intensamente cada fase da minha vida, os olhos brilhantes se mantiveram por tantos anos que muitos me viam como a eterna criança. Mas fui vivendo em outros mundos, na fábula, posso dizer que conheci o Mundo dos Adultos, e não, ele não é como pensei quando criança – mal e sem graça, não, ele tem seus próprios encantos, coisas que uma criança não pode se atrair, mas que sim, ainda é mágico viver tudo isso.
Compreendo que o Mundo dos Adultos realmente é um lugar perigoso, onde você pode se perder tão fácil, onde o tic-tac do relógio é uma preocupação pelo compromisso e não porque o crocodilo tá por perto. É muito mais fácil você se render ao Capitão gancho, pelo simples fato de que ele pode ser o seu chefe, ou então, alguém com poder, e isso no Mundo dos Adultos significa quem tem mais dinheiro.
Mas não posso dizer que o Mundo dos Adultos também não é feliz, nesse mundo, você realmente irá conhecer seus amigos, e nem sempre serão um dos Lost Boys, porque todos passam a ter compromissos, deixam a árvore oca, e poucos irão permanecer ao seu lado. O melhor é que esses poucos são tão valiosos, não são aqueles montes que antes te faziam rir na mesa do banquete invisível. Hoje eles são bem menos, mas tão valiosos, mais que o diamante ou o ouro e dão significado a muita coisa que antes você não entendia.
Porém, se hoje eu sobrevivo feliz ao temível Mundo dos Adultos, é porque aprendi a dar valor nas coisas pequenas no mundo mágico que por tantos anos vivi. Muitos que por aqui chegam se perdem e sofrem muito. Mas quando você cresceu respeitando o poder de uma fada que cabia na palma da sua mão, e sendo feliz independente da vontade do Capitão Gancho, você irá se dar bem nesse mundo, ele não é tão diferente, só passa do papel para a vida real....